domingo, 30 de dezembro de 2012

VENDA DE BHAGAVAD-GITA PARA COLABORAR COM A REFORMA DO MAIOR TEMPLO VAISHNAVA DA AMÉRICA LATINA

A Campanha Viva Nova Gokula ganhou reforço. Agora conta com a colaboração do site
www.emporiochandra.com.br na venda de livros para arrecadação de fundos para a restauração do Templo de Sri Radha Gokulananda. A obra destaque é Bhagavad-gita como ele é – poema épico da literatura védica. Trata-se de uma edição em capa dura, com o texto original em Sânscrito, no alfabeto Devanagari, com transliteração latina, tradução palavra por palavra e comentário de A. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, além de um glossário de expressões e um guia da pronúncia do texto em Sânscrito. Uma publicação da editora Bhaktivedanta Book Trust (São Paulo).

Universalmente conhecida como a joia da sabedoria espiritual da Índia, livro de cabeceira do estadista indiano Mohandas Gandhi, a Bhagavad-gita é tradicionalmente de grande relevância nas diversas correntes filosóficas hinduístas e recomendado como leitura obrigatória aos que buscam respostas para perguntas como: “Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? E o que estou fazendo aqui?”.

Bhagavad-gita significa 'canto do Senhor', 'cântico do Senhor', ou ainda 'canção do Senhor'. Escrito há cinco mil anos, este clássico védico consta de 700 dos mais de 100 mil versos do épico Mahabharata, composto em 18 livros e originalmente compilado pelo sábio Vyasadeva. Mahabharata conta a história de Bharata Varsa (Índia antiga), o império da dinastia Kourava (formada pelos Pandavas e Kurus), que controlava todos os reinos do mundo. A saga dessa dinastia retrata o apogeu e o início do declínio da cultura védica.

Localizado no sexto livro do MahabharataBhisma Parvan, a Bhagavad-gita é um diálogo entre os personagens Krishna e Arjuna, dois jovens primos e príncipes, a respeito de Bhagavan, a Suprema Pessoa, as jivas, entidades vivas, a natureza material (prakrti), o tempo eterno (kala) e a lei de causa e efeito das atividades realizadas pelas entidades vivas (karma). Nesse diálogo Krishna se apresenta como a Verdade Absoluta e instrui Arjuna a respeito desses assuntos.

Para os estudiosos do conhecimento védico, a Bhagavad-gita apresenta a essência dos Vedas. Na introdução da edição Bhagavad-gita como ele é, A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada diz que a Bhagavad-gita é uma das escrituras védicas mais importantes. Ele explica:

“(...) Krishna informa a Arjuna que o Bhagavad-gita foi primeiramente falado ao deus Svrya (Sol), e ele o explicou a seu filho Iksvaku, e assim este sistema de Yoga foi transmitido através de sucessão discipular, um orador após outro. Porém, com o passar do tempo, ele se perdeu. Em consequência, Krishna tem de falá-lo de novo, desta vez a Arjuna, no campo de batalha de Kurukshetra.”


Ainda segundo Swami Prabhupada, os cinco tópicos básicos discutidos na Bhagavad-gita estabelecem que a Pessoa Suprema é maior que todos; que os seres vivos têm as mesmas qualidades da Pessoa Suprema; que a natureza material não é independente e age sob a direção da Pessoa Suprema; e que a relação entre os seres vivos e a natureza material é regulada pelas leis do tempo eterno e de causa e efeito (karma). O karma garante o sofrimento ou gozo de consequências resultantes das atividades praticadas pelas entidades vivas identificadas com a natureza material.

Para quem já caminha pela senda do autoconhecimento, Bhagavad-gita como ele é
da Bhaktivedanta Book Trust é leitura imprescindível. Para quem se inquieta com questões existenciais e a origem do Universo, pode ser um livro revelador. E quem já optou por praticar Bhakti Yoga encontrará nesta obra o amigo mais querido.

Vale à pena frisar que quem compra o livro Bhagavad-gita como ele é colabora com a reforma do Templo de Sri Radha Gokulananda e do Samadhi de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada. Para adquiri-lo, basta acessar http://www.emporiochandra.com.br/literatura/classicos-da-filosofia-vedica.html.

sábado, 29 de dezembro de 2012

NOTÍCIAS DE NOVA GOKULA

Entra na reta final a Maratona de Sankirtana da ISKCON Brasil, a maior distribuição transcendental de livros promovida pela Bhaktivedanta Book Trust (BBT), editora que publica obras da literatura védica em vários idiomas. O encerramento acontecerá no dia 03 de janeiro, em Nova Gokula, com um grande festival que reunirá sankirtaneiros e sankirtaneiras (propagadores da Consciência de Krishna) de todo o Brasil.


Enquanto isto, a comunidade aguarda já em clima de muita felicidade a visita de
Jayapataka Swami, que chega à casa de Sri Sri Radha Gokulananda no próximo dia 31, quando a passagem de ano será celebrada com um grande Agni Hotra (Cerimônia de Fogo). Jayapataka Swami fica justamente até o festival de encerramento da Maratona de Sankirtana.



As obras da restauração do Templo de Nova Gokula tomam fôlego e entram na fase de conclusão da sua primeira etapa – a reforma das coberturas do Templo de Sri Sri Radha Gokulananda e do Samadhi de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada. A Campanha Viva Nova Gokula, que arrecada fundos para as obras, recebe doações e promove venda de livros da BBT, patrocinados por colaboradores. Quem estiver interessado em colaborar com a campanha pode fazê-lo adquirindo os livros à venda no site www.emporiochandra.com.br ou acessando o link http://novagokula.com.br/vivanovagokula.php.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

AS DEIDADES


Várias classes de devotos adoram a Deidades da Personalidade de Deus, de acordo com seus vários estágios de fé no Senhor. Um devoto avançado do Senhor Krishna compreende sua relação eterna de amor com o Senhor e, ao ver a Deidade como o próprio Senhor, estabelece uma relação eterna com a Deidade baseada no serviço amoroso a Ele.
Compreendendo que o Senhor Krishna seja uma forma eterna de bem-aventurança e conhecimento, um devoto fiel se compromete em adoração permanente à Deidade, instalando uma forma do Senhor feita em madeira, pedra, por exemplo, ou mármore.

O Senhor Krishna é uma pessoa, mas é a Pessoa Suprema e possui seus próprios sentimentos únicos. Pode-se facilmente agradar ao Senhor por meio do serviço devocional oferecido a Sua forma de Deidade. Por agradar ao Senhor, se pode progredir gradualmente na missão da vida humana e, eventualmente, voltar para casa, de volta ao Supremo, onde a Deidade pessoalmente aparece diante do devoto e o recebe o em Sua morada pessoal, conhecida em todo o mundo como o reino de Deus.

O princípio geral é que um devoto puro do Senhor entende que sua relação com a Deidade seja eterna. E quanto mais ele se rende em devoção amorosa à Deidade, mais pode compreender a Suprema Personalidade de Deus.


Entretanto, um devoto ainda perturbado pelo desejo material tende a ver o mundo como um objeto de satisfação dos seus sentidos. Esse devoto neófito pode não perceber a posição suprema do Senhor e pode até considerar o Senhor um objeto de seu próprio prazer. Por isso, o neófito deve oferecer serviço opulento à Deidade para que possa lembrar-se constantemente de que a Deidade é o Desfrutador Supremo e de que ele, o neófito, é simplesmente o adorador e o real objeto do prazer da Deidade. Em contraste, nunca um devoto avançado, fixo em consciência de Krishna, se esquece de que o Supremo Senhor é o desfrutador real e controlador de tudo. Um devoto de Krishna consciente não vacila na sua devoção ao Senhor Krishna.

FONTE: Trechos editados dos comentários de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, no Srimad Bhagavatam: 11.27.13 - 17

sábado, 22 de dezembro de 2012

PRESIDENTE DILMA GANHA BHAGAVAD-GITA DE LÍDER DA ISKCON



Em visita a Belo Horizonte (MG), a presidente Dilma abriu espaço na sua agenda para receber um sankirtaneiro e dele ganhar os livros Bhagavad-gita como ele é e Ciência da Autorrealização, de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, publicados pela editora Bhaktivedanta Book Trust. Nada poderia ser mais estimulante para os sankirtaneiros de todo o Brasil, que se encontram em plena maratona de distribuição de livros.

O sankirtaneiro é pai de Lucas, 10 anos, e casado com a artista plástica Lis Gualtieri, 30 anos. Quando nasceu chamaram-no de Romero Carvalho. Jornalista mineiro que atua profissionalmente em assessoria de imprensa, e filho do atual vice-prefeito de Belo Horizonte, hoje ele tem 30 anos, chamam-no Sri Krishna Murti Das, e é o presidente oficial do templo Hare Krishna da capital mineira desde 2009. Porém atua na administração da casa desde 2004, quando recebeu iniciação de Parangati Prabhu. Atualmente Sri Krishna Murti também é vice-presidente do Comitê Executivo do Corpo Governamental (CGB) da Sociedade Internacional para Consciência de Krishna no Brasil (ISKCON). E foi na condição de representante da instituição que ele foi recebido pela presidente.

Leia agora o relato dele sobre o encontro com a presidente Dilma. (Vdd)

SANKIRTANA COM OS PRESIDENTES


Apesar de ser formado em comunicação social, nunca me senti à vontade na distribuição de livros. Não sei se posso dizer que é por timidez, porque gosto de cantar e falar em público faz parte da minha profissão e do meu seva. Mas o fato é que sempre, como dizem os sankirtaneiros, “travo” para distribuir livros.

Portanto, minhas experiências se resumem a dois momentos muito queridos na minha vida, pois, em ambos, senti Srila Prabhupada bem perto de mim. Em 2002, logo após ser eleito, o então futuro Presidente Lula visitou Belo Horizonte e participou de um almoço em um hotel na capital mineira. Meu pai é político desde que eu nasci e naquela época era deputado estadual. Fiquei ao lado dele na porta do hotel, esperando a chegada do Presidente. Assim que Lula apareceu, cercado por um batalhão de jornalistas e assessores, veio direto na minha direção e pude entregar um Bhagavad-Gita Como Ele É em suas mãos, com uma dedicatória em nome de toda a ISKCON, que descrevia aspectos fundamentais do livro.

Srila Prabhupada dizia que um livro da Consciência de Krishna nas mãos de uma pessoa influente é ainda mais poderoso. Independentemente de preferências ou convicções políticas, é inegável o fato de como Lula tornou-se conhecido mundialmente. A atual Presidenta Dilma segue nessa trilha, sendo, inclusive, apontada pela revista Forbes como a terceira mulher mais poderosa do mundo (material), atrás apenas da chanceler alemã, Angela Merkel e da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Dilma foi a capa da revista.

Desde sua eleição, sempre tentei me encontrar com Dilma para presenteá-la, mas a boa oportunidade ainda não tinha surgido. Meu pai já tinha dado a ela uma luminária de sal dos Himalaias. Minha querida Sri Rupa Manjari mataji conseguiu o encontro antes e já havia dado um Bhagavad-Gita para a Dilma. Felizmente, também consegui isso nesta maratona de dezembro, bem no controverso dia 21, em uma rápida passagem da Presidenta em Belo Horizonte. Após a reinauguração do estádio Mineirão, Dilma voltou para a base área do governo, onde eu a esperava ansiosamente na sala de estar, ao lado de algumas pessoas, entre elas meu pai e, coincidentemente, a simpática tia da Dilma, que certamente fará ela ler algo dos livros.

Dilma chegou e o seu cerimonial já a havia comunicado sobre o presente. Ela veio diretamente se encontrar comigo. Fui apresentado pelo meu pai, e dei a ela um “Ciência da Autorrealização”, que, como revelado “confidencialmente” por Bhakti Narasimha Swami, é o livro preferido de Nelson Mandela. Com essa informação dada, ela garantiu que lerá o livro. Posteriormente, entreguei o Bhagavad-Gita, também com dedicatória em nome da ISKCON. Dilma foi bastante simpática, atenciosa, razoavelmente esotérica, elogiando minha “energia e leveza”, e pediu novos encontros.

Eu estava de dhoti, tilaka, kurta e manto, a pedido do meu pai, que, hoje, é vice-prefeito de Belo Horizonte. Ele me queria lá como um membro da ISKCON, mais que como filho apenas. É uma honra muito grande poder representar Sri Guru e Sri Gouranga em todos os locais. Srila Prabhupada queria que cada governante e líder tivesse seus livros, que são a real base para uma verdadeira nova consciência neste mundo. O que eles farão com o conhecimento, não podemos controlar. Mas nunca podemos dar a eles a desculpa de não ter tido acesso à maior joia do universo. Sankirtana-yajna ki jaya!

Sri Krishna Murti das (PGM) – Belo Horizonte - MG

--

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

PREGAÇÃO É A ESSÊNCIA - como falar a verdade sem transigir

por Hridayananda Das Goswami(*)
Extraído do Istagosthi Virtual,
janeiro, 2005;
tradução: Vanavihari Devi Dasi.


Em seus significados, algumas vezes, Srila Prabhupada faz comentários sobre os mayavadis, ou impersonalistas, de certo modo que, para mim, às vezes pareciam mesmo depreciativos.

É importante entender isto no contexto da história religiosa indiana, e não no contexto da história religiosa ocidental. Eis a diferença. Na Índia, não encontramos uma história longa de guerras sangrentas apoiadas em religião. A religião indiana sempre tendeu a ser inclusivista, em lugar de exclusivista. Assim, as diferentes religiões na cultura hindu tenderam a aceitar umas às outras como válidas, mas também a ver outras escolas como subordinadas ou preliminares às suas próprias visões. Seguindo essa tradição, Srila Prabhupada frequentemente estabelece que os impersonalistas são “transcendentalistas bona fide”, mas que a compreensão impessoal deles é subordinada ou preliminar ao Vaishnavismo. O que é bastante distinto de declarar que impersonalismo é simplesmente falso e mau. Esse debate teológico vigoroso floresceu na Índia, com segurança, em ambiente multi religioso, no qual não foi um precursor de guerra.

Tudo isto está em contraste marcado ao fanatismo sangrento que frequentemente qualifica a abordagem sobre religião na Europa e no Oriente Médio. A prematura igreja cristã desenvolveu a noção de religiões verdadeiras e falsas, e de deuses vivos e mortos etc. Em tempo, este ponto de vista extremo, fanático, conduziu a cruzadas, Inquisição, guerras religiosas etc. Este tipo de pensamento e a violência que nutriu nunca foram proeminentes na Índia.

Hoje, no Ocidente, muito dos comportamentos liberais, ecléticos (do tipo “todos os caminhos são o mesmo”), é uma reação direta a séculos de fanatismo na Europa e no Oriente Médio. Assim como na física de Newton, temos aqui uma reação igual e oposta, mais tolerante, mas, de seu próprio modo, igualmente fanática.

Em geral, os pensadores liberais no Ocidente não argumentam para a conclusão de que todos os caminhos são igualmente válidos. Em vez disto, eles tendem a sustentar seu ponto de vista mais como um princípio ético do que como uma conclusão filosófica, mais como um antídoto para o fanatismo do que como uma descrição séria, lógica, de realidade definitiva. Proveniente de uma cultura tolerante, inclusivista, Prabhupada não sente necessidade de enfatizar a relatividade de visões espirituais, mas, em vez disto, rigorosamente busca a verdade lógica sobre Deus.

Eu entendo os fundamentos das convicções do impersonalistas, e sei como Vaishnavismo e Consciência de Krishna são diferentes. Pessoalmente, prefiro as convicções vaishnavas e Bhakti-yoga, do que adoração a um Deus sem forma. Mas duvido de qualquer coisa que pareça ser um julgamento de valor contra outra religião.

Uma preferência é um julgamento de valor. O problema aqui, aparentemente, não é fazer um julgamento de valor, porém, mais do que isto – é o tornar público. É justo dizer que ambos os aspectos pessoal e impessoal de Deus existem simultaneamente. Porém, não é justo, ou lógico, dizer que ambos os aspectos pessoal e impessoal de Deus sejam simultaneamente supremos. Uma alma que seriamente busca a verdade superior tem direito de saber o que seja essa verdade última. Se na realidade eu sei que afinal Deus é uma pessoa, e não o digo em público, então eu estou de maneira consciente desorientando ou enganando quem sincera e incondicionalmente busca a verdade superior.

Se eu prefiro Bhakti-yoga e sou dedicado a Krishna com amor, mas um impersonalista prefere algo diferente, então o que há de errado nisso?

Em um senso moral mundano, não é “errado” preferir o impessoal. De certo modo, toda alma prefere qualquer coisa que pareça melhor para ela. Prabhupada nunca ensina que impersonalistas são almas más, porém ele emite apreciações profundas sobre a psicologia metafísica. Se há um Deus pessoal, e, propriamente informado deste fato, escolho rejeitar esse Deus pessoal, não é, então, errado para um mestre espiritual iluminado analisar meus motivos de tomar essa decisão. Afinal, se houver um único valor em conhecer a natureza última de Deus, então, logicamente, deve haver uma perda de valor em não conhecer esse fato.

Para evitar essa perda monumental, Prabhupada, que, na realidade, tem no coração o bem último de todas as almas, no fundo, fala a verdade. Nós não podemos, a priori, rejeitar suas palavras simplesmente porque ele não estabelece relações entre todas as pretensões espirituais. Afinal, relacioná-las é o mesmo que negar todas elas. Consideremos o seguinte:

Os personalistas afirmam no final das contas que Deus é uma pessoa. Os impersonalistas reivindicam o oposto. Porém, afirmar que personalismo e impersonalismo são o mesmo é, de fato, discordar de e rejeitar as pretensões dos personalistas e impersonalistas. Então, a equidade metafísica é apenas aparentemente liberal e tolerante. Na realidade, assemelha-se ao cristianismo fanático, ao rejeitar afinal as pretensões de virtualmente todas as religiões históricas, relacionando-as e comparando-as.

Considero todas as outras abordagens como modos muito válidos para entender Deus. No momento, estou muito atraído por Krishna, sou um estudante muito entusiástico da Consciência de Krishna, e penso que esta é a melhor abordagem para mim, como é para todos os outros vaishnavas que conheço. Mas eu não penso que eu possa dizer o que é melhor para quem quer que seja.

Minha abordagem sem julgamentos, eu creio, ajuda-me a estar mais qualificado e compassivo. E espero manter esta perspectiva.

Como explicado anteriormente, diferentes caminhos têm diferentes pretensões. Muitas dessas pretensões são válidas, porém validade e igualdade são conceitos muito diferentes e não devem ser confundidos. Krishna declara na Gita que Ele é a fonte de tudo. Esta reivindicação, logicamente, é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira, então outras visões válidas devem ser entendidas no contexto da declaração de Krishna. Se a argumentação de Krishna não for verdadeira, então, mesmo que digamos educadamente que ela é válida, ainda assim ela não é verdadeira.

De maneira semelhante, alguns budistas negam a existência de Deus. Se a argumentação deles for verdadeira, a de Krishna é falsa. Se a argumentação de Krishna for verdadeira, a deles é falsa. Se nós dissermos que ambas as reivindicações são verdadeiras, negamos ambos os caminhos, já que ambas as tradições rejeitam a noção de que ambas as argumentações são verdadeiras.

Certamente, o Budismo muito ensina o que seja verdade quanto à psicologia humana e à natureza temporária do mundo. Porém a validade deste ensinamento não torna válida a argumentação proposta por algumas formas históricas de Budismo de que Deus e a alma não existem.

O ponto simples aqui é que devemos evitar ambos o exclusivismo e o inclusivismo fanáticos. Devemos reconhecer a sabedoria e a validade presente em muitas das tradições de mundo, contudo, ao mesmo tempo, devemos ter coragem e sabedoria para buscar e falar a verdade superior sem transigir.

(*) Discípulo de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupa, o mestre Vaishnava Hridayananda Das Goswami – também conhecido no meio acadêmico como o PhD em Estudos Indianos Howard J. Resnick – é um dos mais respeitados e eloquentes conferencistas sobre Cultura Védica, na atualidade.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MARATONA DE SANKIRTANA


Toda a Sociedade Internacional da Consciência de Krishna (ISKCON) vive neste momento a vibração da Maratona de Sankirtana, viabilizada pela Bhaktivedanta Book Trust (BBT), editora que publica clássicos da literatura védica, criada pelo Acharya Fundador da ISKCON, A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada.

Estão abertas as comportas de amor por Deus, levado por bravos(as) sankirtaneiros(as) (missionários(as)) da ISKCON em forma de livros, carregando o conhecimento mais refinado sobre a Verdade Absoluta, a todas as cidades e aldeias. Como um dia desejou Chaitanya Mahaprabhu, precursor do Movimento Hare Krishna.


E para estimular esses(as) arautos(as) sem fronteiras, nada melhor do que um recado de alguém que entende bem de livros e de Maratona de Sankirtana – Iswara Das. Discípulo de Srila Prabhupada, durante anos de sua vida, praticamente toda sua juventude, ele foi diretor da BBT no Brasil. Quando de lá saiu, deixou publicado em Português todos os clássicos da literatura védica traduzidos do Sânscrito para o Inglês por Srila Prabhupada.

Nesse tempo todo em que esteve à frente da BBT, ele próprio fazia questão de viabilizar, acompanhar e estimular a Maratona de Sankirtana, que sempre terminava com um grande festival em Nova Gokula. Atualmente ele reside na Alemanha e é facilitador de Técnica de Libertação Emocional (EFT), viajando pelo Brasil, onde realiza palestras, atendimentos e workshops.

Aqui ficam as palavras de Iswara Das como um presente para os(as) sankirtaneiros(as).
(Vanavihari dd)

OS LIVROS SÃO A BASE

Quer fossem transmitidos na tradição oral dos textos védicos, nas inscrições da Pedra de Roseta, ou dos Pergaminhos do Mar Morto, os livros sempre estabeleceram as bases da mensagem a ser propagada. Assim como antigamente, hoje em dia também há muitos meios para sua divulgação, ou como se diz no jargão da moda, há muitas mídias. O importante é que o livro exista, para nossa iluminação e reflexão.

Bhaktivedanta Swami Prabhupada sabia muito bem da importância dos livros quando, incentivado e iluminado por Krishna, quis dar continuidade à mensagem de seu guru. Queria ele uma mrdanga que tocasse bem alto e tivesse repercussão duradoura, e por bem traduziu, comentou e escreveu livros que seriam a base de todo o Movimento que ele fundou. Assim como se esforçou para editá-los, Swami Prabhupada pediu que seus discípulos se ocupassem largamente em sua divulgação. Estava formada então a atividade principal do Movimento Hare Krishna, que ajudou na edificação de templos, ashramas, fazendas e, sobretudo, caráter de seus membros. Quatro foram seus textos de lei, o Bhagavad-gita, o Srimad Bhagavatam, o Caitanya Caritamrta e o Bhakti Rasamrta Sindhu, este maestralmente condensado na forma do Néctar da Devoção. Tantos outros foram corolários, que ajudaram a adornar e enriquecer a bela guirlanda, como o Sri Isopanisad, Néctar da Instrução, ou transcrições de inúmeras palestras.

A despeito de outras mídias, livro que se preze tem que ser escrito, editado e impresso em papel e com cheiro de tinta e, de preferência, com capa e ilustrações. Nada contra outros meios de divulgação, como música, cinema ou teatro, mas livro é livro, e biblioteca é biblioteca, para sempre. Muito se fala em livro eletrônico, para se ler na tela de computador, ou livro oral, para se ouvir em um walkman, mas até agora nada desbancou o primeiro lugar reservado ao livro impresso, preto no branco. Estamos longe da época áurea quando o texto de um livro era mantido intacto através unicamente da tradição oral.

Também, o objetivo do livro é informar, estabelecer regras, dar diretrizes. Deixa-se o espaço do entretenimento para as outras mídias. Salvo felizes exceções, como o Livro de Krishna, escrito para cativar o leitor na forma de descrições de passatempos transcendentais, ou o Mahabharata, com sua trama política, romântica e heróica, os livros sempre lutaram para, paralelamente, ser educativos e informativos, prender o interesse e a atenção. Mas, tem-se que admitir, nesse item outras mídias estão à frente. Quantas não são as linhas que se embaralham quando lutamos contra o sono ao lermos livros, importantes e até interessantes? Creio que isso faça parte da equação de nossas vidas: como educar e entreter ao mesmo tempo.

Críticas favoráveis ou não a respeito, o livro estrutura as bases, dando os alicerces para um novo pensamento, criando novos conceitos e destruindo tantos outros em nossas cabeças. Por essas e tantas, o livro continua imbatível e é o meio de comunicação mais sólido para se formar a base de uma sociedade duradoura, rica e cultural.
Bhaktivedanta Swami Prabhupada, com toda a sua genialidade, sabia muito bem dar a importância devida aos livros. Tanto foi que priorizou deveras a criação de sua própria editora, a Bhaktivedanta Book Trust (BBT), para a publicação de livros e revistas, principalmente a Volta ao Supremo. E, mais ainda, pediu a seus discípulos e seguidores que continuassem com esse trabalho de base, escrevendo livros de acordo com suas próprias realizações.

Iswara Das.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A VERDADE ABSOLUTA

As escrituras védicas originais, compiladas pelo sábio Vyasadeva – os quatro Vedas e seus comentários – apresentam um conhecimento filosófico sobre Verdade Absoluta. De acordo com essas escrituras, a Verdade Absoluta é uma existência que não só não depende de outra existência, como dela emanam todas as outras existências, ou verdades relativas. Ainda segundo a Filosofia Védica, o que é tido como verdade relativa e não tem origem na Verdade Absoluta não existe. Portanto, não é verdade.

Segundo os filósofos védicos Vaishnavas personalistas, a Verdade Absoluta é eterna e possui três aspectos – Brahman, Paramatma e Bhagavan. O primeiro aspecto refere-se ao espírito, ou à energia impessoal e onipenetrante da Verdade Absoluta, que anima a existência material, ou seja, que move as verdades relativas, mas não possui qualidades materiais. O segundo aspecto refere-se à manifestação da Verdade Absoluta, na consciência individual de toda existência, como uma outra pessoa que orienta e testemunha atividades. O terceiro aspecto é considerado pelos personalistas como o mais elevado, a fonte de toda existência, que necessariamente possui inteligência e consciência.

Os personalistas identificam inteligência e consciência como indícios de personalidade. Sendo assim, para eles, a Verdade Absoluta é uma personalidade – já que seu terceiro aspecto manifesta inteligência e consciência – e, sendo a fonte de tudo, a Verdade Absoluta deve possuir as qualidades que emana – a personalidade naturalmente seria uma delas.


O Doutor Howard Resnick, pesquisador norte-americano e PhD em Sânscrito e Estudos Indianos pela Harvard University (EUA), também conhecido como o mestre personalista Vaishnava Hridayananda Das Gosvami, explica a Verdade Absoluta a partir da observação de dois aspectos do que se costuma chamar de realidade. Hridayananda Das Gosvami diz que, segundo a Filosofia Védica, a realidade que é passageira, ou que começa a existir em certo momento e depois deixa de existir, pode ser chamada de superficial. Quanto à realidade que sempre existe, Hridayananda Das Gosvami diz que pode ser chamada de "verdade mais profunda".

Para explicar melhor, Hridayananda Das Gosvami conduz seu raciocínio usando exemplos elementares. Segundo ele, embora um prédio seja passageiro, pode-se dizer que as leis físicas que regem a existência desse prédio, como as leis às quais obedece a engenharia, têm existência muito mais extensa que o próprio prédio. Hridayananda Das Gosvami argumenta, então, que, a partir do pressuposto de que as leis fundamentais da natureza física têm uma existência muito antiga e que não mudam sempre, como a lei da gravidade, por exemplo, ou qualquer outra lei física, pode-se dizer que elas são bem mais permanentes que a existência passageira de um prédio que exista talvez há cem ou cinqüenta anos. E, sem esquecer que as leis físicas também têm certa relatividade, Hridayananda Das Gosvami argumenta que de várias maneiras se pode dizer que as próprias leis materiais são passageiras, embora elas sejam mais permanentes que os frutos de seu produto.

Ele conclui seu raciocínio explicando que, de acordo com a Filosofia Védica, existem diferentes níveis de realidade. Um nível de realidade é a existência efêmera – como um prédio – e outro nível é a existência mais perene, como as leis da natureza. Enfim, ele diz que, segundo o pensamento védico, uma verdade que é sempre verdade tem um estado, uma posição superior do que aquilo que simplesmente existe por um tempo passageiro.

Argumenta Hridayananda Das Gosvami que o conhecimento védico acerca da Verdade Absoluta pode ser identificado, por exemplo, no segundo capítulo da Bhagavad-gita, quando Krishna diz a Arjuna que aquilo que não tem existência eterna, realmente permanente, que é passageiro, no sentido pleno da palavra, nunca alcança uma existência completa. Hridayananda Das Gosvami recorre às palavras de Krishna (Bhagavad-gita, cap. 2, verso 16): “não há continuidade para o inexistente”, e então conclui que, segundo a Filosofia Védica, os elementos ou os ritos ontológicos que sempre existem nunca perdem sua existência.

Lembra, ainda, Hridayananda Das Gosvami que Krishna também diz (Bhagavad-gita, cap. 2, verso 16) que os videntes da verdade, aqueles que vêem a verdade, dizem ou concluem que a finalidade da filosofia, ou a finalidade do conhecimento é exatamente reconhecer essa diferença entre aquilo que é passageiro e aquilo que é permanente ou eterno. Segundo Hridayananda Das Gosvami, para a cultura védica, em última instância, a tarefa da filosofia é de descrever a Verdade Absoluta. E absoluto neste caso quer dizer uma verdade que é constantemente verdade.

Aqui vale a pena registrar um comentário de Hridayananda Das Gosvami sobre a expressão “vidente da verdade”. Segundo ele, esta é uma expressão muito freqüente nas escrituras védicas porque, de acordo com a Filosofia Védica, a verdade realmente se pode ver, e não simplesmente se especula a respeito dela.

Além de terem existência temporária, segundo Hridayananda Das Gosvami, as realidades passageiras, de acordo com o pensamento védico, possuem uma característica geral – elas podem ser reduzidas a definições mais simples, e essa redução chega a ponto de se ter ao final um elemento muito diferente do elemento original. Entretanto, de acordo com a Filosofia Védica, existe um elemento permanente, eterno, que não pode ser reduzido. Trata-se, então, da Verdade Absoluta, que não pode ser reduzida nem pelo tempo. "Uma verdade que é exatamente aquilo que é, e não pode ser definida de outra maneira" – afirma Hridayananda Das Gosvami.

De acordo com os filósofos personalistas Vaishnavas, a Verdade Absoluta seria incompleta sem personalidade. Satsvarupa Dasa Gosvami, em seu livro Introdução à filosofia védica (Bhaktivedanta Book Trust) explica que o Vedanta-sutra propõe: "Perguntemos a respeito da Verdade Absoluta". E, ainda segundo Satsvarupa Dasa Gosvami, o Vedanta-sutra, então, define assim a Verdade Absoluta: "A Verdade Absoluta é aquela da qual tudo emana". Portanto, os filósofos personalistas deduzem que a Verdade Absoluta, a fonte de toda a variedade cósmica (os seres vivos, os planetas, o espaço, o tempo e assim por diante), deve também possuir as qualidades que emana. Uma de tais qualidades, naturalmente, é a personalidade. Isto é, a Verdade Absoluta deve possuir todas as qualidades de suas partes. Assim, os personalistas aceitam os três aspectos Brahman, Paramatma e Bhagavan.

O filósofo indiano personalista A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, na introdução da tradução comentada, do Sânscrito para o Inglês, que fez do purana védico Srimad-Bhagavatam (Bhaktivedanta Book Trust), diz que, de acordo com a Filosofia Védica, o conceito de Deus e o conceito de Verdade Absoluta não estão no mesmo nível. Segundo ele, o conceito de Deus indica 'o controlador', ao passo que o conceito de Verdade Absoluta indica 'a fonte última de todas as energias'.


Srila Prabhupada explica que, de acordo com o Bhagavad-gita, qualquer “controlador” que tenha algum poder extraordinário específico é chamado de “controlador dotado de poder pelo Senhor”. Ele diz que na cultura védica há muitos deuses com poderes específicos diversos, mas ratifica que a Verdade Absoluta é única e incomparável.

Swami Prabhupada também argumenta que o Srimad-Bhagavatam designa a Verdade Absoluta como “fonte última de todas as energias”. Mais detalhadamente, Swami Prabhupada explica que os deuses védicos, ou “controladores”, são pessoas, mas eles obtêm poderes de controle da Verdade Absoluta ou Pessoa Suprema. Ainda segundo Swami Prabhupada a Pessoa Suprema é a suprema personalidade consciente, e, porque não recebe nenhum poder de nenhuma outra fonte, possui a suprema independência.

Esta Personalidade Suprema sabe de tudo direta e indiretamente, diz Swami Prabhupada. As pessoas individuais, que são partes integrantes da Personalidade Suprema, talvez saibam direta e indiretamente tudo a respeito de seus próprios corpos ou características externas, mas a Personalidade Suprema sabe tudo sobre Seus aspectos externo e interno. “A fonte original de todas as energias é a Verdade Absoluta. Este fato é expresso em todos os textos védicos” – afirma o filósofo. Esta Verdade Absoluta é logicamente aceita como a Pessoa Suprema porque é consciente de todas as coisas passadas, presentes e futuras, e também de cada uma de Suas manifestações, tanto materiais, quanto espirituais. (Vanavihari dd)




terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O QUE É CULTURA VÉDICA

A cultura védica é uma prática de vida que busca a compreensão da Verdade Absoluta. Há milhares de anos, esta postura de vida predominou por toda a face da Terra, em torno da ética do perfeito viver e do idioma que busca a perfeição do discurso, o Sânscrito. O centro desta cultura floresceu ao norte da Índia, numa região onde é hoje o deserto do Rajastão, num vale, entre os rios Indu e Saraswati. Lá se destacou o que arqueólogos acreditam ter sido a primeira metrópole da Terra, na pré-história - Mohenjo Daro. Amplamente reconhecida por pesquisadores como uma das cidades mais importantes no início da Ásia do Sul e da civilização do Rio Indu.
Quando esta cultura começava a declinar, há cinco mil anos, o conhecimento filosófico que a fundamenta foi registrado em versos, pela primeira vez em um alfabeto – o Devanagari. Assim aconteceu a compilação dos quatro Vedas – Rig, Sama, Yayur e Atharva – feita pela encarnação literária do deus Vishnu, o sábio Vyasa Deva. Até então, este conhecimento fora transmitido na oralidade, por milhares e milhares de anos e sempre em sucessão discipular, segundo esses próprios primeiros registros.
Vyasa Deva escreveu ainda a obra Mahabharata, o maior poema épico já escrito, com mais de cem mil versos, em que está contido o Bhagavad-gita, a canção do Senhor. Também são obras de Vyasa Deva o Vedanta Sutra, os 108 Upanishads e mais 18 Puranas.
Além de conhecimento filosófico e de vasta literatura, da cultura védica há legados importantes também para a área da saúde, com o Ayurveda; da arquitetura, com o Vastu-Shastra;do desenvolvimento social, com o sistema de Varnashrama; do autoconhecimento, com o Jyotishi (Astrologia); e da elevação da consciência, com o sistema de Yoga.
Enfim, a cultura védica ainda se faz muito presente nas manifestações de dança, teatro e artes plásticas, não somente na cultura indiana, mas também nas tradições culturais de diversas nações do mundo, como bem demonstra o pesquisador Stephen Knapp, em sua obra Proof of vedic culture’s global existence. (Vanavihari dd)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

JAYAPATAKA SWAMI VISITA NOVA GOKULA

Jayapataka Swami estará no Brasil nos dias 31 de dezembro, 1, 2, 3 e 4 de janeiro, mais precisamente em Nova Gokula, Pindamonhangaba (SP), que prepara um festival para recebê-lo. Para quem não o conhece, Jayapataka Swami, ele é o ministro da Pregação Congregacional da ISKCON, para ajudar na disseminação da prática de cantar Hare Krishna em cada cidade e aldeia.
Embora completamente envolvido no planejamento e desenvolvimento do Projeto Sede Mundial da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON) em Mayapur, Índia, ele também viaja pelo mundo pregando a mensagem de Caitanya Mahaprabhu para disseminar a Consciência de Krishna. E ainda ajuda na publicação de muitos dos livros de Srila Prabhupada em diferentes línguas indianas. Ele traduziu vários textos importantes para o Inglês, como Vaishnava ke! , originalmente escrito em Bengali, por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura.
Sua Santidade Jayapataka Swami nasceu John Gordan Erdman, em 9 de abril de 1949, no Ekadasi logo depois do Rama Navami, em ambiente requintado, em Milwaukee, Wisconsin, nos Estados Unidos da América. Durante sua infância, demonstrou inteligência extraordinária e grande interesse em filosofia e questões espirituais. Depois de se formar na prestigiada St. John's Academy, ele ingressou na Brown University, com bolsa de estudos integral. Lá, ainda calouro, ele ficou muito impressionado com uma palestra sobre a vida de Buda, perdeu todo o interesse nos estudos e começou a procurar um mestre espiritual. Quando percebeu que não encontraria mestre espiritual fidedigno no Ocidente, decidiu ir para a Índia. Mas, antes, conheceu os discípulos de Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Srila Prabhupada e se juntou a eles em um Ratha Yatra em San Francisco (EUA).
Um dia, em Montreal, Canadá, conheceu Srila Prabhupada, que depois o iniciou como Jayapataka Das Brahmacari. Além de servir pessoalmente a seu mestre, ele foi sacerdote e mais tarde presidente do templo de Montreal.Ajudou também Srila Prabhupada a fundar os templos da ISKCON em Toronto, no Canadá, e em Chicago (EUA).
Em 1970, Srila Prabhupada o enviou para a Índia, para estabelecer centros da ISKCON em Mayapur e Vrndavana. E ele começou a fazer um trabalho pioneiro da ISKCON na Índia, em nome de Srila Prabhupada. Atualmente ele tem responsabilidades importantes no corpo diretor da ISKCON que, no entanto, não o impedem de viajar pelo mundo pregando e iniciando discípulos, como nesta sua passagem por Nova Gokula.
(FONTE: http://wwwjpsoffice.info)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Pesquisa sobre astrologias védica e ocidental aproxima Ayurveda e Florais de Bach

Astrologia comportamental, 175 páginas, livro de Gunesvara Dasa, publicado pela editora Sankirtana Books, segundo o autor, foi escrito para ajudar os terapeutas ayurvédicos a realizarem diagnósticos com a ajuda de uma abordagem astrológica que reúne métodos de análise e interpretação da Astrologia Védica e da Astrologia Ocidental. Propõe ainda a obra, também a médicos e terapeutas ayurvédicos, relação entre os desequilíbrios emocionais reconhecidos no Ayrveda com os Florais do Doutor Bach, apropriados para tratar desses desequilíbrios. Segundo o prefaciador do livro e terapeuta ayurvédico, Dr. José Ruguê Ribeiro Júnior, o autor “consegue colocar com clareza a interpretação mais adequada para ajudar as pessoas a se conhecerem e orientarem suas vidas”. O autor, Gunesvara Das, afirma que existem muitas maneiras de abordar o tema da astrologia médica. Em seu livro, ele diz que apenas mostra como os planetas, quando afetados, indicariam um distúrbio tanto comportamental quanto físico. Gunesvara argumenta que um dos motivos que o levou a falar no livro apenas dos efeitos que os planetas debilitados causam na saúde mental e física foi ele ter obtido muitas confirmações desses resultados enquanto atendia as pessoas. “Não quis apresentar teorias – explica ele – que podem ser achadas até mesmo na internet, mas que eu não as tivesse verificado na prática.” Por isso, ele diz que preferiu manter uma linha desde o começo do livro até chegar ao ponto dos casos clínicos verificados por ele. O autor, Gunesvara Das, 54 anos, entrou em contato com a cultura e a literatura védicas ao receber iniciação do seu mestre espiritual, A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, em 1975. A partir daí, dedicou-se a estudar a literatura Vaishnava e o Sânscrito. Em 1988, começou seus estudos acerca da Astrologia Védica. Possui o título de Bhakti Sastri e especializou-se em Literatura Clássica da Índia na Universidade Internacional Euro-Americana. Hoje, ele viaja pelo mundo ensinando Astrologia Védica e apresentando estudos sobre a literatura clássica Vaishnava. (VDD) Astrologia comportamental pode ser comprado no Empório Chandra: http://www.emporiochandra.com.br/literatura/astrologia-vedica.html

sábado, 15 de dezembro de 2012

O INESQUECÍVEL KIRTANA 72 HORAS

Exatamente há um mês, Nova Gokula, comunidade rural da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON), localizada em Pindamonhangaba (SP), começava a viver o maior festival de kirtan de todos os tempos no Ocidente. Foram 72 horas ininterruptas de entoação de mantras. O que atribuiu mais uma designação ao evento – Mantra pela paz. Cerca de duas mil pessoas vindas de várias partes do Brasil e do Mundo circularam pela fazenda durante os três dias de festival – de 15 a 18 de novembro. O espírito de confraternização e êxtase pairava no ar. E os jovens da ISCKON aproveitaram o evento para realizarem o 2º. Yauvana Sanga Meeting, com a participação de convidados que também brilharam no kirtan, com suas vozes e seus instrumentos melodiosos. Todos se divertiram – crianças, jovens, adultos e idosos – reunidos numa grande família. Foi um evento tão importante que foi notícia em televisão e jornais no vale do Paraíba, em várias páginas do facebook e na mídia da ISKCON. E virou promessa de evento anual, sempre em novembro, em Nova Gokula. Bom para todo mundo. Mas, como ainda provoca muita saudade, nada melhor do que recordar aqui um pouquinho. Algumas fotos são minhas, outras foram postadas no facebook do festival, e os textos a seguir são do realizador do evento, Vaikuntha Murti Das,Secretário da Juventude do CGB e produtor executivo do KIRTAN BRASIL.(VDD)

MAHA HARINAM FESTIVAL

Que festival foi este? O KIRTAN 72 HORAS superou as expectativas e conquistou de vez os corações do Brasil Yatra! E, para quem perdeu, ainda há salvação. O KIRTAN BRASIL, entidade responsável pela realização do MAHA HARINAM FESTIVAL já efetivou o evento como anual e sempre no mesmo período, ou seja, entre outubro e novembro. O próximo já agendado será entre 14 a 17 de novembro de 2013 e já tem novidades tais como a vinda de Jahnavi Harrison (Londres) e Bhakti Lalta DD (Alachua), além, claro, de outros grandes nomes. Outra novidade será o Templo do Kirtan, um grande toldo que será armado entre o Puspa Samadhi e o Templo de Radha Gokulananda, em Nova Gokula, e servirá exclusivamente para o grande festival que começa a ser planejado desde já!
O último MAHA HARINAM FESTIVAL evento se desenrolou do dia 15 ao dia 18 novembro, com 72 horas ininterruptas de kirtan e fez do Brasil o primeiro país fora da Índia a executar tamanho yajna (sacrifício). Um dia antes do grande evento já era possível ver dezenas de devotos chegando a Nova Gokula vindos de várias parte do Brasil e mesmo América Latina. Até ai não é mesmo muita novidade, porém, conversando com alguns apaixonados por kirtan e observando o sacrifício que fizeram para chegar ali, você logo entende a grandeza e importância deste evento para muitos. “Viemos ao K72 horas com um grupo de 20 devotos de Belém do Pará! Foram mais de quatro horas num avião e depois mais três horas e meia de van até Nova Gokula, e estamos todos muito felizes e encantados com o que estamos vendo!”, comentou Sridhara Das (Belém PA). Assim como num grande festival de Rock and Roll , nos quais grandes bandas arrastam fãs do país inteiro, o MAHA HARINAM FESTIVAL trouxe grandes nomes do cenário mundial de kirtan e isto sem dúvida contribuiu para que muitas pessoas não poupassem esforços para estar em Nova Gokula. Quem acompanha os festivais de kirtans pelo mundo afora sabe e reconhece os talentos de Vishvambhar, Vrinda, Kalindi, Deva Dharma, Ajamil e Amala Kirtan (foto). É algo indiscutível e notório que a presença destes nomes num evento como o KIRTAN 72 HORAS faz toda a diferença em termos de qualidade, dinamismo e claro devoção pelo o que fazem.
Na sexta-feira, dia 16 de novembro, segundo dia de festival, por volta das 19h, Vrinda assume a arena do kirtan logo após um enérgico kirtan de Purushatraya Swami. Ela simplesmente liderou um kirtan histórico e que para muitas pessoas foi o melhor kirtan de todo o evento! Durante o kirtan de Vrinda, Chandramukha Swami pegou seu IPAD e não hesitou em registrar aquele momento sublime. Maharaj comentou comigo “Vaikuntha, quem é esta devota? Poxa, ela é muito fera! Canta muito!”.
Além de maharaj, Dhanvantari Swami, o qual acompanhava atentamente alguns kirtans sentadinho próximo a arena, fez o seguinte comentário – “Estou espantado de ver a ótima postura que Vishvambhar e Vrinda possuem durante o kirtan”. O evento também revelou novos talentos como Bal Krishna de Santiago do Chile que chamou muito a atenção de Vishvambhar pelo seu domínio de diferentes ragas, sem mesmo nunca ter estudado música clássica da Índia. Kalindi também adorou os kirtans do jovem músico e revelou: “Bal Krishna é para mim meu mais novo ídolo de kirtans”. Um pouco fora da sala do templo, tivemos o sucesso do KIRTAN PRASADAM, gerenciado por Jaya Govinda Das e que teve a participação de grandes nomes da cozinha vaishnava brasileira, como Gunesvara Das, Maha Yogesvara DD e Madhava Lila DD.
Além dos saborosos pães de Sundari DD. O KIRTAN PRASADAM alimentou ao todo cerca de 1.500 pessoas com três refeições diárias a preços bem populares. A criançada delirou com o KIRTAN KIDS, que foi liderado pela pedagoga e secretária da educação da ISKCON, Subhadra dd. Cama elástica, piscina de bolinhas, aplicação de henna, sessões de pinturas e passatempos de Krishna por Dhanvantari Swami, fizeram a alegria de muitas crianças. Sem dúvida, após o sucesso do KIRTAN KIDS, devemos aprimorar este segmento infantil nos próximos eventos!
No intuito de gerar fundos para cobrir os custos deste mega evento, a organização do MAHA HARINAM FESTIVAL realizou o CLUBE DO KIRTAN durante todo o ano de 2012. Tivemos 162 associados que contribuíram com uma taxa única de R$120 reais e concorreram a uma passagem para o famoso Ratha Yatra de Nova Iorque, em Junho de 2013. A grande vencedora foi Isvari DD de Belém (PA) que já está arrumando suas malas para participar de um dos maiores festivais de Ratha Yatra do mundo ocidental. O CLUBE DO KIRTAN continuará em 2013, porém agora, o contemplado irá visitar Dallas onde há um dos primeiros templos da ISKCON nos EUA e o festival de Janmastami mais opulento de toda América. Fiquem atentos! A gente se vê em Nova Gokula Dhama!
Vaikuntha Murti Das

2º YAUVANA SANGA MEETING – Um rico encontro

Enquanto o kirtan agitava centenas de devotos na sala do templo, a Secretaria da Juventude da ISKCON (SEJU) promoveu no segundo dia do evento, 16 de novembro, um debate entre jovens vaishnavas no Puspa Samadhi de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada em Nova Gokula Dhama. O encontro, denominado YAUVANA SANGA abordou temas pertinentes à juventude, tais como, profissão, kirtan e relações com a instituição.
Para compor a mesa redonda, a SEJU convidou dois jovens casais que vieram participar do KIRTAN 72 HORAS, Vishvambhar Sheth, Vrinda Sheth, Kapil Patel e Kalindi Patel. O primeiro casal Vishvambhar e Vrinda, vive em Alachua, EUA, e passa boa parte do ano viajando pelo mundo afora realizando kirtans. Já Kapil e Kalindi vivem em Dallas, EUA, e participam da intensa programação do antigo templo local. Ambos os casais nasceram e cresceram na ISKCON e, portanto, a SEJU entendeu que poderia criar um rico intercâmbio entre eles e os jovens brasileiros. E foi exatamente o que aconteceu!
O encontro foi mediado por Vaishnava Krpa Devi Dasi e traduzido por Kamalaksini Rupini Devi Dasi. Após todos os convidados falarem sobre um determinado tema, Vaishnava Krpa convidava a plateia para perguntas. O que foi bastante produtivo, pois naturalmente construía-se uma interação rica entre público e convidados. “Estou espantado de ver como estes jovens são tão transparentes e sinceros na consciência de Krishna. Adorei o encontro!” – disse Dhananjaya Das (Rio Janeiro RJ). “Fiquei emocionada com as declarações de Vrinda Sheth e como isto me ajudou a valorizar ainda meu lado profissional” - contou Vaishnava Krpa Devi Dasi (Rio de Janeiro RJ).
Vaikuntha Murti Das